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A arquitetura paisagista e o legado de Burle Marx

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Autor: Pointer - Data:

Em um mundo cada vez mais urbano e conectado, áreas verdes e espaços naturais se tornam fundamentais para a qualidade de vida das pessoas. Nesse contexto, a arquitetura paisagista desempenha um papel importante.

Afinal, não se trata apenas de estética, mas também na criação de ambientes que promovam o bem-estar e a harmonia entre o homem e a natureza.

Quer entender melhor como funciona o paisagismo? Acompanhe a leitura para conhecer suas características e aprender mais sobre o renomado arquiteto paisagista brasileiro, Roberto Burle Marx.

O que é a arquitetura paisagista?

A arquitetura paisagista é uma disciplina que envolve o planejamento, projeto e gestão de espaços exteriores.

O objetivo é criar ambientes harmoniosos que integrem a natureza e a arquitetura.

Portanto, o paisagismo se concentra na manipulação consciente da paisagem para melhorar sua estética e funcionalidade. Em essência, a arquitetura paisagista busca unir a beleza natural com a visão criativa do ser humano.

Principais características do paisagismo

Área externa com arquitetura paisagista traz piso Sambaqui, da linha Lazer, e piscina em revestimento Atol Maragogi, da linha Atol

Os projetos de arquitetura paisagista geralmente incorporam elementos característicos. Por exemplo, a seleção cuidadosa de plantas, a criação de trilhas e áreas de lazer, a instalação de mobiliário urbano e a integração de elementos aquáticos, como lagos e fontes.

Além disso, a sustentabilidade tem se tornado um aspecto central na arquitetura paisagista contemporânea. Portanto, há a valorização do uso de práticas e materiais ecologicamente corretos.

Entre as principais características da arquitetura paisagista, é possível destacar a busca por:

  • Equilíbrio: a arquitetura paisagista busca equilibrar elementos naturais e construídos. Assim, cria espaços que se integram de forma harmoniosa.
  • Sustentabilidade: esse é um dos pilares do paisagismo. Envolve o uso responsável dos recursos naturais, a conservação da biodiversidade e a escolha de materiais e técnicas que não prejudiquem o meio ambiente.
  • Funcionalidade: além de serem belos, os projetos paisagísticos devem ser funcionais, atendendo às necessidades dos usuários. Isso pode incluir áreas de lazer, circulação e espaços de convivência.

Qual a diferença entre arquitetura paisagista e jardinagem?

Embora a jardinagem seja parte integrante da arquitetura paisagista, essas duas disciplinas contam com objetivos diferentes.

A jardinagem se concentra, principalmente, no cultivo e manutenção de plantas em jardins existentes.

Já a arquitetura paisagista envolve a criação de espaços exteriores desde o início. Portanto, considera a integração de elementos naturais e construídos.

A importância de Burle Marx para o paisagismo

Escultura do paisagista no Sítio Burle Marx, em Guaratiba (Foto: André Gomes de Melo)

Roberto Burle Marx é um dos nomes mais importantes quando falamos de arquitetura paisagista. Nascido em São Paulo, em 1909, deixou um legado inestimável, além de ganhar fama internacional.

Sua história é uma jornada de inovação, paixão pela natureza e compromisso com a preservação do patrimônio natural brasileiro.

Ao longo de sua carreira, Burle Marx criou projetos que seguem influenciando as novas gerações de profissionais e entusiastas do paisagismo.

Trajetória e características dos seus projetos

Desde jovem, Burle Marx demonstrou um interesse profundo pela natureza e pelas artes.

Ele estudou pintura na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde desenvolveu sua sensibilidade estética e seu olhar único para as formas e cores da flora brasileira.

Sua paixão pelo paisagismo o levou a explorar jardins botânicos e ecossistemas naturais. Foi assim que adquiriu um conhecimento profundo sobre as plantas nativas, que passou a integrar em seus projetos.

No entanto, ao fazer isso, Burle Marx desafiou as convenções da época. Afinal, foi um período em que as espécies estrangeiras eram preferidas por outros paisagistas.

Sua abordagem inovadora valorizava a brasilidade e promovia a conservação ambiental. Além disso, ele incorporou princípios modernistas ao paisagismo, criando composições abstratas, geometrias ousadas e espaços fluidos.

Principais Projetos de Burle Marx

Em Brasília, Eixo Monumental tem paisagismo assinado por Burle Marx (Foto: Pillar Pedreira/Agência Senado)

Roberto Burle Marx deixou uma série de projetos, que continuam a inspirar e encantar até os dias de hoje.

Seu olhar criativo e sua profunda conexão com a natureza deram origem a paisagens únicas que redefiniram o conceito de design exterior. Entre os principais exemplos, estão:

  1. Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro. Esse projeto transformou a área em um complexo de parques e áreas de lazer. Burle Marx usou sua expertise para criar espaços verdes harmoniosos e funcionais.
  2. Praça da República, São Paulo. Nesse projeto, Burle Marx combinou elementos de vegetação, água e esculturas para criar um ambiente urbano que convida à contemplação e interação.
  3. Sítio em Guaratiba, Rio de Janeiro. Além de criar espaços públicos, Burle Marx também desenvolveu seu próprio sítio. Por lá, experimentou com uma ampla variedade de plantas, criando um laboratório vivo de paisagismo.
  4. Parque do Ibirapuera, São Paulo. Sua contribuição inclui a criação de amplos gramados, lagos artificiais e jardins que respeitam a topografia original do terreno.
  5. Museu de Arte Moderna (MAM), Rio de Janeiro. Uma das obras mais emblemáticas de Burle Marx, tem projeto paisagístico que mistura arquitetura moderna e a natureza tropical. O jardim incorpora características marcantes do seu estilo, como formas geométricas, trilhas sinuosas e uma paleta de cores exuberante.
  6. Eixo Monumental, Brasília. Carrega a influência de Burle Marx com uma composição paisagística que destaca as formas arquitetônicas monumentais das amplas áreas verdes, as lagoas ornamentais e a harmonia entre a vegetação e a arquitetura.
  7. Palácio do Itamaraty, Brasília. O projeto paisagístico da sede do Ministério das Relações Exteriores traz espaços que interagem em harmonia com as linhas limpas do edifício, utilizando uma seleção de plantas e materiais para criar uma atmosfera que reflete o estilo diplomático e inovador do local.
  8. Parque Ipanema, Minas Gerais. Em Ipatinga, é um exemplo da capacidade de Burle Marx de transformar espaços urbanos em ambientes naturais acolhedores. Tem design inovador que incorpora elementos como lagoas artificiais, trilhas e um variado conjunto de plantas nativas.

A influência de Roberto Burle Marx se estende além das fronteiras do Brasil. Seu compromisso com a preservação da flora brasileira e sua habilidade em transformar espaços urbanos em oásis naturais deixaram uma marca na arquitetura paisagista.

Até hoje, seus projetos continuam a inspirar profissionais a repensar a relação entre o homem e a natureza, demonstrando que a beleza e a funcionalidade podem coexistir em perfeita harmonia.

Então, agora que você já sabe mais sobre a arquitetura paisagista, que tal aprender sobre quais as melhores plantas e flores para usar dentro de casa?