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O Brutalista: o longa que reúne cinema e arquitetura no Óscar

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Autor: Pointer - Data:

Com a temporada do Oscar em pleno andamento, o filme \”O Brutalista\” tem se destacado como uma das produções mais comentadas do ano.

O longa oferece uma narrativa profunda que entrelaça a vida de um arquiteto visionário com o movimento arquitetônico conhecido como brutalismo.

Neste artigo, vamos explorar a sinopse do filme e traçar um paralelo entre sua trama e a arquitetura brutalista, destacando obras brasileiras emblemáticas desse estilo. Confira!

\”O Brutalista\” conta história baseada em fatos reais

Ambientado em 1947, \”O Brutalista\” acompanha a trajetória de László Tóth, um arquiteto húngaro formado na Bauhaus, interpretado por Adrien Brody.

Após os horrores da Segunda Guerra Mundial, Tóth e sua esposa, Erzsébet (Felicity Jones), emigram para os Estados Unidos em busca de um novo começo.

Lá, ele enfrenta desafios profissionais e pessoais enquanto tenta estabelecer seu estilo arquitetônico inovador em um novo continente.

Embora a narrativa seja ficcional, o diretor Brady Corbet inspirou-se em eventos históricos e consultou especialistas para conferir autenticidade à história.

O filme foi ovacionado no Festival Internacional de Cinema de Veneza e é considerado um forte candidato ao Oscar deste ano.

O Brutalismo na arquitetura

Em “O Brutalista”, um estilo arquitetônico ganha destaque: o brutalismo. Ele surgiu no período pós-Segunda Guerra Mundial. Ele é caracterizado pelo uso expressivo do concreto aparente e formas geométricas robustas.

O termo deriva do francês \”béton brut\”, que significa \”concreto bruto\”. As edificações brutalistas destacam-se pela estrutura rústica e estética despojada, frequentemente revelando a textura das fôrmas de madeira utilizadas na moldagem do concreto.

Obras Brutalistas no Brasil

FAU-USP é um dos exemplos de arquitetura brutalista no Brasil (Foto: Thomas Hobbs)

No Brasil, o brutalismo ganhou destaque a partir da década de 1950, influenciando uma série de projetos marcantes. Algumas das obras mais emblemáticas incluem:

  • Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP): projetada por João Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi, é um ícone do brutalismo brasileiro. É reconhecida por suas amplas áreas abertas e uso expressivo do concreto aparente.
  • Tribunal de Justiça do Estado do Piauí: desenvolvido por Acácio Gil Borsoi, este edifício exemplifica a adaptação do brutalismo ao clima tropical. Ele incorpora elementos que permitem ventilação natural e proteção solar.
  • Centro de Exposições do Centro Administrativo da Bahia: criado por João Filgueiras Lima, conhecido como Lelé, o centro se destaca pelas soluções construtivas inovadoras e pela integração harmoniosa entre forma e função.

Essas obras refletem a versatilidade do brutalismo e sua capacidade de dialogar com diferentes contextos culturais e climáticos, mantendo a essência de funcionalidade e estética característica do movimento.

\”O Brutalista\” não apenas narra a jornada de um arquiteto em busca de afirmação, mas também serve como uma homenagem ao movimento brutalista na arquitetura.

Ao explorar as lutas e triunfos do protagonista, o filme convida o público a refletir sobre a relação entre arte, arquitetura e a experiência humana, destacando como o ambiente construído pode influenciar e ser influenciado pelas histórias de vida daqueles que o habitam.

Se você também gosta de misturar cultura e arquitetura, continue aqui no blog e saiba como aplicar a brasilidade nos ambientes.