De um dia para outro, a casa dos sonhos pode se tornar um verdadeiro pesadelo. Isso devido aos erros em obras que, infelizmente, são bastante comuns. A boa notícia, no entanto, é que muitas dessas situações podem (e devem) ser evitadas com um bom planejamento.
Está se programando para construir ou reformar? Então conheça os erros mais comuns nas obras e evite essas dores de cabeça!
Erros em obras para evitar
1. Não fazer um projeto
O projeto é uma das etapas mais importantes em qualquer obra. Ele é muito mais do que a planta e envolve a definição das etapas, cronogramas, materiais, mão de obra e também assegura que a nova casa irá se adequar às necessidades e estilo de vida dos moradores.
Por isso, um bom projeto deve ir além da distribuição dos cômodos. Deve indicar também a quantidade e localização de tomadas, pontos de luz, ventilação e iluminação natural, hidráulica, entre outros.
Se todos esses pontos não forem detalhados, ao usar sua casa, você terá inúmeros problemas, como:
- Falta de conforto térmico;
- Poucas tomadas para a quantidade de equipamentos que vocês usam;
- Ambientes com dimensões inadequadas às suas necessidades;
- Àgua sem pressão;
- Piso sem caimento correto;
- Elétrica que não suporta um ar condicionado ou um aparelho mais potente.
A falta de um projeto e do acompanhamento profissional são erros em obras bastante comuns e que causam grandes dores de cabeça. (Crédito: Mindanti/Freepik)
2. Não planejar a obra
O planejamento de obra anda de mãos dadas com o projeto. Não adianta ter um projeto excelente e nenhum planejamento de como realizá-lo.
Assim, é imprescindível ter um cronograma de obras, com todas as etapas definidas, bem como a necessidade de mão de obra e material para cada uma delas. Dessa forma, é possível definir melhor o orçamento, controlar os gastos e acompanhar a evolução da construção.
3. Não contratar um profissional para acompanhar a obra
Muitas pessoas acreditam que o papel do arquiteto ou do engenheiro acaba assim que o projeto é aprovado na Prefeitura. Mas a realidade é bem diferente.
Esses profissionais são indispensáveis no acompanhamento da obra. Dessa forma, eles conseguirão orientar melhor a equipe e assegurar que a construção está sendo feita de acordo com o projeto e o planejamento.
Sem esse acompanhamento especializado, vários erros em obras podem acontecer e passar despercebidos — causando problemas na entrega ou mais tardiamente, quando você já estiver morando no imóvel.
O gerenciamento de obra assegura, ainda, que você não irá estourar seu orçamento. Isso porque é possível entender as demandas de cada etapa e planejar para que não aconteçam erros e imprevistos que fazem com que você gaste mais do que o planejado.
4. Não contratar mão de obra especializada
Algumas “economias” acabam saindo caras quando o assunto é construção. Contratar mão de obra desqualificada ou inexperiente poderá comprometer totalmente o resultado final da obra ou fazer com que sejam necessárias várias refações (o que aumenta o custo da construção).
Por isso, a assessoria de um arquiteto ou engenheiro é tão importante. Geralmente, eles conhecem os profissionais especializados em cada fase da obra.
Caso você esteja fazendo a gestão de obra por conta própria, é importante ter certeza de que o profissional realmente entende do serviço. Para isso, antes de contratar, você pode visitar outras obras em que ele já trabalhou, conversar com engenheiros, arquitetos e construtores e pedir indicações para pessoas próximas que já construíram.
De forma geral, sempre suspeite de preço muito abaixo do mercado. Normalmente, isso indica que o profissional ainda é inexperiente e, muitas vezes, sequer sabe precificar seu trabalho.
Profissionais despreparados podem cometer vários erros em obras que trazem muita dor de cabeça. Exemplos: deixar de seguir as recomendações dos fabricantes ao preparar e aplicar materiais como argamassas, rejuntes ou assentamento de revestimento, não seguir as indicações do projeto, falha no nivelamento de pisos e paredes, desperdícios de materiais e até desconhecimento das tecnologias ou dos materiais atuais.
5. Comprar material de baixa qualidade
Outra forma que muitas pessoas encontram de economizar nas obras é optando por materiais de procedência duvidosa e de marcas de baixa qualidade.
No primeiro momento, você até consegue economizar. Mas, com o passar do tempo, acabará tendo uma série de problemas, e algo que era para durar anos, logo terá de ser trocado em uma nova reforma.
Assim, quando for comparar os materiais de construção, pense sempre no custo-benefício. Entenda o que determinada marca oferece para ter um preço superior e coloque na balança. Muitas vezes é usada tecnologia superior, que aumenta a durabilidade; há um design diferenciado, o que torna sua casa mais moderna ou é um material mais ecológico.
Dependendo do local onde você instala esses materiais de baixa qualidade, além de dor de cabeça, você poderá comprometer a sua segurança. Uma fundação mal feita, por exemplo, pode colocar a estrutura da sua casa em risco. Assim como um revestimento de baixa qualidade pode provocar infiltrações.
Contratar mão de obra especializada e qualificada faz toda a diferença no resultado final e garante que o projeto será seguido. (Crédito: Jcomp/Freepik)
6. Ter pressa
Em uma obra, tudo tem o seu momento certo para acontecer. As etapas são codependentes. Ou seja, para que uma inicie, a outra precisa terminar. E, além de construir, é preciso aguardar a cura de alguns materiais.
Tentar apressar o processo pode lhe custar mais caro do que o esperado. Afinal, essa pressa é capaz de comprometer o resultado final que você tinha planejado.
Além do período da construção, não tenha pressa em finalizar o projeto. É mais prático e barato modificar uma planta do que uma casa já construída. Então, se você não tem certeza sobre algum detalhe da sua construção, reflita e peça alterações antes de se decidir.
7. Não seguir as normas recomendadas pelos fabricantes
Para cada material aplicado na obra é importante considerar as recomendações dos fabricantes. Isso assegura que os produtos terão a qualidade e durabilidade esperadas, pois foi dessa forma que esses itens foram testados e aprovados para uso.
Por exemplo, se a mistura para argamassa não é feita de forma adequada, isso pode comprometer a capacidade dela de fixação, fazendo com que o assentamento dos revestimentos não seja adequado ou que você gaste mais material do que o necessário.
Seguir as orientações dos fabricantes em relação à mistura, preparo e manuseio dos materiais é imprescindível para evitar problemas posteriores. (Crédito: Freepik)
8. Não planejar o orçamento e nem a reserva de emergência
O planejamento envolve, também, o detalhamento e acompanhamento do orçamento. Somente assim você terá certeza de que não irá gastar mais do que pode.
Além do orçamento, outro ponto crucial é criar uma reserva de emergência. Mesmo com todos os cuidados, os imprevistos podem acontecer. E é preciso ter dinheiro sobrando para lidar com eles.
Assim, a dica é reservar em torno de 15% do seu orçamento para a reserva de emergência.
9. Não se atentar ao armazenamento correto do material
De nada adianta comprar materiais de qualidade se você armazená-los de qualquer jeito. Afinal, eles poderão se deteriorar e você terá que comprá-los novamente, aumentando o valor final da sua obra.
Por exemplo, o armazenamento incorreto pode fazer com que os revestimentos cerâmicos quebrem antes de ser assentados. Ou que as madeiras empenem. Por isso, toda madeira que for usada na obra precisa estar seca. Tanto para vigas como para pilares ou portas.
Saiba como cada material deve ser armazenado e assegure que haja proteção adequada para eles. Caso não haja espaço, compre os itens por etapa.
Viu só quantos erros em obras podem ser evitados com um bom planejamento e gestão de obras? Essas dicas são válidas tanto para construções, como para reformas.
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Imagem principal: Crédito: Diana Grytsk/Freepik