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Arquitetura regenerativa: o que devemos saber sobre o conceito

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Autor: Pointer - Data:

Nos últimos anos, a sustentabilidade passou de uma palavra \”desconhecida\” para um fator crucial para uma necessidade de mercado. E quando falamos de construção civil, setor com grande potencial de poluição, entender como é importante diminuir seus impactos é obrigatório para se destacar. A arquitetura regenerativa surge nesse contexto: não basta diminuir os danos; é preciso revertê-los. 

Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2024, aproximadamente 44 milhões de toneladas de resíduos de construção e demolição foram geradas no Brasil em 2023. O estudo, comandado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema), mostra como a arquitetura regenerativa é uma iniciativa imprescindível para melhorar o índice de poluição. 

Neste texto, você entenderá o que é e quais os principais pilares da arquitetura regenerativa. Continue a leitura. 

O que é arquitetura regenerativa?

Inaugurado no Dia da Terra, o Bullitt Center foi projetado para durar 250 anos (foto: Brad Kahn) 

Arquitetura regenerativa é uma abordagem na qual seus projetos visam reverter os danos ecológicos causados pela construção civil. Aqui, não basta apenas reduzir — já que construções sempre trazem algum impacto negativo, mesmo que mínimo. O design deve regenerar ou restaurar materiais, ambientes e habitats naturais. 

Nesse aspecto, a arquitetura regenerativa se diferencia da sustentável, que busca reduzir problemas como poluição, consumo de energia e lixo. A intenção é impactar positivamente, como restaurar, revitalizar e melhorar os ecossistemas e as comunidades locais. 

Princípios da arquitetura regenerativa 

Telhado verde da City Hall de Chicago (foto: Wikipédia) 

Para que esse projeto seja posto em prática, é preciso ter algumas características:  

  • ligação com a natureza: os projetos são pensados como parte de sistemas vivos, integrando-se ao solo, água, ar e biodiversidade; 
  • ciclo de vida positivo: o edifício não apenas consome menos, mas também devolve mais. Por exemplo: a construção produz energia, limpa água ou gera solo fértil; 
  • cocriação com a comunidade e bem-estar: a arquitetura regenerativa busca estabelecer vínculos sociais, culturais e econômicos com a comunidade local; 
  • circularidade: materiais projetados para serem reutilizados, compostados ou reinseridos nos ciclos naturais. 
  • resiliência: espaços capazes de se adaptar a mudanças climáticas, sociais e econômicas. 

Living Building Challenge, padrão ouro na arquitetura regenerativa 

Primeiro projeto de fachada biorreativa do mundo, o SolarLeaf gera energia renovável a partir de biomassa de algas e luz solar (foto: Arap) 

Antes, a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) era a maior exigência quando falávamos de arquitetura sustentável. Mas objetivos maiores exigem mais comprometimento. 

Construções que desejam se provar regenerativas devem correr atrás da Living Building Challenge (LBC), uma das certificações mais rigorosas do mundo. Criado em 2006 e gerenciado pelo Living Future Institute, o programa utiliza sete classificações (simbolizadas como pétalas de uma flor) para verificar se uma construção é ou não regenerativa:  

  • Place (lugar): o projeto deve respeitar e restaurar o ecossistema local. É proibido construir em áreas sensíveis (florestas primárias e zonas úmidas, por exemplo); 
  • Water (água): o edifício deve ser autossuficiente em água, coletando chuva, tratando e reutilizando toda a água no local; 
  • Energy (energia): deve gerar 100% da energia que consome a partir de fontes renováveis, geralmente solar ou eólica. Neutralidade de carbono é obrigatória; 
  • Health and Happiness (saúde e felicidade): o espaço promove saúde física e mental com ventilação e iluminação naturais, além de áreas de convivência; 
  • Materials (materiais): a construtora deve ser transparente quanto ao uso de materiais, dando preferência ao que é local ou reciclado. Também é proibido o uso de substâncias tóxicas, como PVC, formaldeído e retardantes de chama; 
  • Equity (equidade): o projeto deve ser inclusivo e acessível a todos, além de considerar a justiça social na cadeia de produção; 
  • Beauty (beleza): o edifício deve gerar conexão cultural e estética com a comunidade local. 

Conhecer as \”pétalas\” do LBC é fundamental para a construção de uma arquitetura regenerativa. E como aqui a intenção é que a sustentabilidade vá além do projeto em si, só é possível conseguir o certificado após 12 meses do uso da construção em si. Assim, é possível garantir que a teoria foi posta em prática. 

Como visto, a arquitetura regenerativa ocorre em todos os detalhes: desde o planejamento até seu uso por moradores e visitantes. Se você deseja investir nesse tipo de construção, precisa passar pela escolha dos materiais. Conheça o tijolo ecológico e entenda se é a opção ideal para sua obra. 

  

[Capa: CHUTTERSNAP]