8 passos para economizar para comprar uma casa ou apê

O sonho de comprar uma casa ou um apartamento parece distante e quase uma missão impossível? Pois saiba que essa meta pode, sim, se tornar realidade. Para isso, planejamento estratégico e conhecimento financeiro são importantíssimos.

Se você também compartilha o sonho de ter sua casa própria, confira as dicas importantes que separamos e transforme essa meta em realidade!

8 passos para comprar uma casa própria

Não tem mistério, se você deseja economizar para comprar a casa própria, é preciso focar no planejamento e controlar o orçamento. Veja as principais dicas nesse sentido.

#1 Saiba quanto você ganha e gasta por mês

O primeiro passo é entender o quanto entra e sai de dinheiro todos os meses. Pode parecer algo simples, mas a maioria das pessoas não têm ideia de todos esses custos.

Por isso, crie uma planilha com tudo o que você ganha e gasta no mês. De um lado coloque as entradas, ou seja, o que recebe, como salário, freelas e outras rendas extras.

Do outro lado, coloque todos os gastos – e, se possível, separe-os por categoria. Por exemplo: 

  • moradia (aluguel, condomínio, energia elétrica, água, gás, internet, IPTU);
  • alimentação (despesas com o supermercado, gastos com almoço, cafés ou lanches);
  • educação (mensalidade da escola dos filhos, mensalidade da faculdade);
  • transporte (prestação do carro, combustível, seguro, IPVA);
  • saúde (plano de saúde, gastos com a farmácia);
  • lazer (passeios, almoços ou jantares fora, cinema, viagens etc.).

Lembre-se de incluir todos os gastos – mesmo aqueles pequenos, como os cafezinhos de todos os dias. Afinal, no fim do mês, quando somados, eles podem ter um impacto grande no seu orçamento, por isso é preciso conhecer todos esses custos.

Agora você terá uma ideia melhor de como está a sua vida financeira. Avalie, também, se você tem dívidas. Se for o caso, crie uma coluna para elas e coloque todas as dívidas em aberto, para ter uma ideia do montante (rotativo do cartão de crédito, contas atrasadas etc.).

#2 Entenda o valor dos imóveis

Agora é o momento de você começar a pesquisar o valor dos imóveis, para ter uma noção de quanto precisará economizar todos os meses. 

Avalie o preço médio do m² no bairro onde você deseja morar, compare as diferentes opções e entenda os valores para imóveis novos e usados – pensando se vale mais a pena comprar um imóvel recém-construído ou encarar uma reforma.

Se for construir, analise o preço dos terrenos e monte uma planilha inicial para ter uma ideia dos custos da obra. Você pode incluir o valor médio do m² de mão de obra e dos materiais básicos, tendo uma ideia, por cima, de quanto gastaria para levantar, cobrir e finalizar uma casa.

Sempre adicione 10 a 20% a mais no seu orçamento. Essa é uma boa margem de segurança caso os preços oscilem para mais – e também considerando que você pode ter se esquecido de algum custo.

Ao pesquisar os imóveis, não se esqueça de avaliar, também, quais são os custos associados, como a documentação. Faça um levantamento de todos os documentos que você precisará ao comprar um imóvel e o custo deles, como ITBI, matrícula, escritura, além das taxas de corretagem e custas do cartório. 

Coloque todas essas informações em uma planilha.

Entender como funcionam as diferentes formas de comprar um imóvel ajuda a se planejar melhor financeiramente (Crédito: Alexandr)

#3 Saiba como funcionam as opções de compra

Como você pretende comprar o seu imóvel? O financiamento é o mais usual, mas também existem opções de consórcio e até o pagamento à vista.

Se for financiar, este é o momento de pesquisar quanto precisará para dar de entrada, se a sua renda é suficiente para o valor do imóvel que está pensando (ou se precisará compor renda com mais alguém), qual o valor médio da prestação mensal, entre outros pontos.

Compare esses valores com outras opções, como a carta de crédito. O consórcio de imóveis é uma opção para quem não tem pressa em comprar o bem – e tem a vantagem de não ter juros. Contudo, é preciso pagar uma taxa à administradora e aguardar até ser sorteado (o que pode demorar).

Faça simulações em diferentes bancos, avalie as taxas de juros e condições que oferecem e compreenda qual é a melhor opção dentro da sua realidade financeira.

#4 Crie uma meta de economia

Depois de entender melhor qual é o seu orçamento e quanto custam os imóveis nos locais onde você deseja viver, é hora de planejar como chegar lá.

Nós demos a dica de separar seus custos por categoria – e isso não foi por acaso. Afinal, assim é mais fácil identificar quais são seus maiores gastos mensais e quais itens podem ser diminuídos ou cortados.

Pense em trocas inteligentes que podem ser feitas para reduzir suas despesas mensais. Por exemplo, trocando o plano ou provedor de internet, optando por um plano família para as contas de celular ou até uma opção pré-paga, diminuindo as saídas aos finais de semana e fazendo alguns programas mais caseiros ou mais em conta e assim por diante.

Ao fazer esses ajustes, você terá uma ideia de quanto conseguirá economizar por mês – e analisar quanto tempo demorará até ter o valor para a entrada do financiamento, por exemplo.

É muito importante que você crie o hábito de controlar seus gastos mensalmente. A planilha que você montou no primeiro tópico será sua grande amiga. Anote todos os gastos e faça um controle preciso.

Existem alguns aplicativos que ajudam nesse processo, pois você pode lançar os gastos conforme eles forem acontecendo – e ter uma noção melhor de como está gastando seu dinheiro.

#5 Negocie as dívidas

Para quem tem dívidas, é importante ter uma noção do montante delas e buscar uma negociação.

Se não der para pagar todas as dívidas, separe aquelas que são mais emergenciais (as que têm os juros mais altos ou as de serviços essenciais). Por exemplo, a dívida do cartão de crédito ou as contas de energia e de água.

Procure o credor e indique o quanto você pode pagar por mês. A negociação é uma ótima forma de conseguir reduzir o valor da sua dívida.

#6 Envolva a família

Não adianta você fazer todo esse planejamento, se a família não estiver envolvida no sonho de comprar uma casa. Quanto mais eles entendem os motivos para esses esforços, mais fácil será poupar e economizar.

Converse com todos e aproveite o momento para ensinar aos seus filhos a importância da educação financeira. Mostre o quanto você ganha, os gastos mensais e como é importante que todos colaborem.

#7 Crie uma renda extra

Se mesmo com todos esses ajustes ainda está difícil sobrar uma graninha no mês, a melhor saída é pensar em uma renda extra. São várias as atividades que podem ajudar a dar um “up” no orçamento. Pense nas habilidades da sua família.

Por exemplo: aulas particulares de idiomas, dança, artesanato ou culinária, venda de doces e comidas caseira, venda de artesanatos, desapego com bazar de roupas ou itens de casa que vocês não usam mais, babá ou passeador de pet, motorista de aplicativo etc.

#8 Pense em investir

A grana que você economiza por mês deve ser investida, pois, assim, o dinheiro renderá e você conseguirá atingir sua meta em um tempo menor. Quem nunca investiu, não precisa ficar com medo. Existe muita informação disponível.

A recomendação é preferir um investimento em renda fixa, de preferência com um prazo de aplicação dentro do esperado para você comprar sua casa.

Por exemplo, se sua meta é comprar uma casa daqui 2 anos, escolha uma aplicação com esse tempo de retorno. Boas opções são CDBs, Tesouro Direto, LCI, LCA ou fundos de renda fixa. Procure uma corretora experiente para lhe auxiliar nesse momento.

Controlando o orçamento e criando uma meta de economia é possível transformar o sonho da casa própria em realidade (Crédito: gpoinstudio)

Principais dúvidas na hora de comprar uma casa

Quanto mais conhecimento você tiver, mais fácil será tomar decisões acertadas na hora de economizar e comprar a sua casa. Veja as dúvidas mais usuais sobre o assunto.

Qual a renda mínima para financiar um imóvel?

Os financiamentos variam de banco para banco. Quem tem uma renda entre R$ 1.800 a R$ 7.000, contudo, pode pleitear a compra por meio do programa Minha Casa Verde Amarela (antigo Minha Casa, Minha Vida).

Qual a forma mais barata de comprar um imóvel?

Comprar imóveis ainda na planta é mais barato do que comprar imóveis prontos. Isso porque o risco também é maior. Nesse caso, é muito importante procurar por uma construtora de confiança, fazer um contrato e avaliar os imóveis já entregues pela empresa. O custo pode ser até 50% menor do que um imóvel pronto.

Quanto precisa dar de entrada em um financiamento?

O valor da entrada varia de banco para banco. Alguns pedem, como mínimo, 10% do valor do imóvel – em outros esse mínimo pode chegar a 30% do valor do imóvel.

Quanto posso comprometer de renda em um financiamento?

O ideal é que a parcela do financiamento não seja superior a 30% da sua renda. Esse é o limite, inclusive, que os bancos usam na hora de calcular a sua prestação. Então, se a sua renda é de, por exemplo, R$ 1.000 por mês, você não poderá comprometer mais de R$ 300 com a prestação.

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