Ouro Preto é uma das principais cidades históricas brasileiras que guarda resquícios do barroco. O estilo, utilizado nas igrejas do período colonial, tinha o objetivo de atrair os cristãos e influenciá-los emocionalmente.
Para isso, dava-se ênfase à riqueza de detalhes, aos adornos e ao uso do ouro presente na região mineira. As igrejas, antes construídas em adobe, taipa e pau-a-pique, com o tempo deram lugar a outras edificações maiores e mais imponentes.
Ouro Preto atualmente atrai turistas que procuram conhecer um pouco sobre o período colonial brasileiro e suas famosas igrejas. Esses locais, além de espaços religiosos, serviram de cenário para as reuniões dos inconfidentes e para as obras dos consagrados artistas Aleijadinho e mestre Ataíde.
Se você quer conhecer um pouco mais sobre a história do Brasil e o estilo barroco, não pode deixar de conhecer as igrejas de Ouro Preto, hoje considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Separamos algumas que não podem ficar de fora da sua lista. Confira!
Igreja São Francisco de Assis
A Igreja São Francisco de Assis é uma das mais importantes obras coloniais da história do Brasil. Sua construção tem início em 1765 e conclusão em 1771, com projeto de Aleijadinho. É apenas em 1890 que os ladrilhos dos altares laterais e corredores ficam prontos.
A igreja foi encomenda da ordem Terceira de São Francisco de Assis, a primeira criada na cidade. A escolha de sua localização foi estratégica, já que fica próxima da Praça Tiradentes, onde antes funcionava o Palácio do Governo.
Uma importante inovação da arquitetura brasileira para a época a ser utilizada na igreja foram as contracurvas e curvas utilizadas em seu exterior. Outra novidade foi o recuo das torres em relação à fachada e a obstrução do óculo — abertura geralmente redonda, localizada acima da porta principal — com uma escultura. Além do projeto, Aleijadinho foi responsável pelas esculturas em pedra-sabão na sacristia, no lavabo e na porta principal.
Mestre Ataíde incumbiu-se dos painéis, do altar-mor e do famoso teto representando a glorificação de Nossa Senhora, obra que o levou a ser reconhecido como artista. Nele, o pintor usa de forma marcante a tridimensionalidade, fazendo com que o céu retratado pareça projetar-se para o alto, e as cores escolhidas ressaltam ainda mais a beleza da obra.
Hoje, a igreja São Francisco de Assis, em Ouro Preto, é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e classificada como uma das sete maravilhas de origem portuguesa no mundo.
Igreja Nossa Senhora do Carmo
A Igreja Nossa Senhora do Carmo teve seu projeto inicial feito pelo pai de Aleijadinho, o arquiteto e carpinteiro português Manuel Francisco Lisboa. A obra tem início em 1756 e só é concluída em 1780.
Mais tarde, o próprio Aleijadinho contribuiu com o edifício, fazendo trabalhos em pedras entalhadas, o lavabo da sacristia em pedra-sabão e alguns altares, mestre Ataíde foi o responsável pela construção do altar-mor.
Outros diferenciais da igreja são os dois sinos nas torres laterais, o dourado presente na fachada e em seu interior, além da presença de dez painéis em azulejo português. Dentre as igrejas da cidade, a de Nossa Senhora do Carmo tem menos elementos em ouro e menos ostentação, característica do rococó. Ao lado da igreja fica o Museu do Oratório, onde antes funcionava a casa de noviciado, local onde Aleijadinho passou seus últimos seis anos de vida.
Basílica Nossa Senhora do Pilar
O primeiro projeto é do final do século 17, com a construção toda feita em madeira. Em 1728, o templo foi demolido após um acordo da comunidade, e outro foi construído em seu lugar. A conclusão da obra e a decoração deu-se no ano de 1737.
A Basílica nossa Senhora do Pilar tem em seu interior mais de 400 quilos de ouro, tornando-a a segunda igreja brasileira com mais ouro do país — a primeira é a Igreja de São Francisco, em Salvador.
No subsolo da basílica é possível visitar o Museu de Arte Sacra. Lá é possível encontrar objetos sacros em prata e ouro, móveis em madeira maciça, com grande riqueza de ornamentos, além de diversas estátuas em marfim e madeira.
Outra curiosidade sobre a igreja é que ela recebeu em 2012 o título de Basílica, concedido quando uma igreja se destaca por seu valor religioso, artístico e histórico.
Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição foi construída entre 1727 e 1746, no local da antiga capela erguida pelo bandeirante Antônio Dias. O projeto e execução também são do pai de Aleijadinho, assim como os oito altares laterais. É nessa igreja onde Aleijadinho e seu pai estão sepultados, nela é possível visitar o Museu de Aleijadinho.
Outra curiosidade é que a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição é o marco do nascimento da cidade de Ouro Preto, quando ainda tinha o nome de Vila Rica. O local encontra-se fechado para restauração desde 2013.
Igreja São Francisco de Paula
É possível ver a Igreja São Francisco de Paula de diversos pontos da cidade, já que ela fica no alto, entre as montanhas. Sua construção tem início em 1804 e conclusão em meados de 1898, e é uma das mais simples dentre as igrejas de Ouro Preto. Em seu interior, é possível encontrar uma imagem de Aleijadinho. Essa foi a última igreja do período colonial a ser construída na cidade.
O Brasil como inspiração para o design
Assim como Ouro Preto, diversas cidades contam trechos da história do Brasil. Inspirado por esse legado, o arquiteto Maurício Arruda desenvolveu a linha de revestimentos Pedras Brasileiras. Arruda acredita que o consumidor busca por produtos quem conte sua história.
Para isso, o arquiteto fez diversas viagens por cidades brasileiras com importância histórica e algumas de suas principais obras arquitetônicas. Um exemplo é Ouro Preto, onde estudou principalmente a igreja de São Francisco de Assis. Em todos os locais percorridos, Maurício observou os detalhes e cores das pedras. Assim, foi possível conferir à cerâmica todas as impressões absorvidas em seu estudo de campo.
Como vimos, Ouro Preto, a capital barroca, é de grande importância para a história do Brasil. Por isso, a Pointer escolheu-a como uma das cidades a servir de inspiração para Pedras Brasileiras, com o Supercerâmico Assis. A inspiração são as pedras utilizadas na parte exterior da igreja de São Francisco de Assis, um slate de nuances douradas e textura rústica. Além da cerâmica nos formatos 80x80cm e 45×90, nos acabamentos mate e externo, Assis conta com um relevo para paredes.
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