Os revestimentos cerâmicos são muito populares, seja pela beleza que adicionam à decoração, seja pela sua competitividade comercial. Mas você sabia que, além das vantagens óbvias, a cerâmica também é ótima para a saúde?
Quem sofre de alergias provavelmente já tinha consciência disso, devido à indicação de profissionais da saúde para apostar em revestimentos cerâmicos zero alergênicos para a casa. Estudos científicos mais recentes também indicam a nocividade de formaldeídos, COVs e PVC à saúde, presentes em vários tipos de revestimentos, mas felizmente ausentes na cerâmica.
E, claro, a pandemia da Covid-19 reforçou a preocupação com a saúde em 2020. Boa notícia aqui também: cerâmica é bacteriostática, evitando a proliferação de bactérias e vírus, inclusive do coronavírus.
A seguir, detalhamos todas as características que fazem da cerâmica a melhor opção de revestimento para a saúde humana.
Bacteriostática por natureza
Microorganismos podem ser nocivos à saúde. Muitas doenças são causadas por vírus e bactérias, transmitidos de pessoa para pessoa. Ainda, no caso de algumas doenças, é possível haver contágio simplesmente ao encostar em uma superfície contaminada. É o caso do coronavírus, que pode permanecer ativo por aproximadamente 72 horas sobre aço inoxidável e plástico, segundo estudo científico publicado no The New England Journal of Medicine.
Para doenças assim, as superfícies bacteriostáticas são excelentes. Essa palavra difícil significa a impossibilidade de vírus e bactérias se proliferarem. É o caso da cerâmica, naturalmente bacteriostática. Essa sempre foi uma característica que fez da cerâmica aliada da saúde humana, mas que foi especialmente valorizada agora na pandemia da Covid-19.
“O revestimento cerâmico é bacteriostático por natureza. Isso significa que não mata bactérias, mas auxilia impedindo o seu crescimento e proliferação”, explica a arquiteta Caroline Werner, especialista de capacitação e produtos da Portobello Grupo.
Não possui porosidade
Poros são pequenos furinhos sobre superfícies. Materiais naturais, como madeira, mármore e pedras, são porosos. Nada de errado com isso, a porosidade é comum na natureza. Porém, implica em risco à saúde, pois microorganismos nocivos ao ser humano podem “se esconder” nos poros. Com materiais porosos, a limpeza nunca é 100% perfeita – e a boa higiene da casa e dos ambientes que frequentamos é fundamental para a nossa saúde.
Por outro lado, a cerâmica é muito segura. Nada porosa, pode ser limpa completamente. A arquiteta especialista Carol Werner ensina que o revestimento cerâmico é composto basicamente por argilas e rochas. No processo via seca, a fabricação passa pelas seguintes etapas: matéria-prima, moagem, secagem, esmaltação, decoração e queima, que pode chegar a até 1.150°C. Das três camadas da placa, duas têm a função de impermeabilizar. Além disso, a face superior das peças é extremamente lisa e sem porosidade.
O mesmo não ocorre com pedras naturais e madeiras. Difíceis de limpar completamente, essas superfícies são porosas e, consequentemente, acabam retendo os microrganismos. Para facilitar o entendimento, imagine uma tábua repleta de pequenos furinhos, quase imperceptíveis. Os microrganismos se alojam nesses espaços e – com as condições ideais – proliferam-se.
A importância dessa característica fica clara na resolução da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária que regulamenta os materiais de acabamento para EAS – Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. A norma exige a utilização de produtos e acabamentos que tornem as superfícies monolíticas. Isso significa que as peças devem “apresentar o menor número possível de ranhuras ou frestas, mesmo após o uso e limpeza frequente”.
Elaborado pelo Ministério da Saúde, o manual “Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde” determina as normas para higienizar e manter esses ambientes seguros. De acordo com o guia, desinfecção é o processo físico ou químico realizado para destruir os microrganismos. Basicamente, a tarefa consiste em aplicar desinfetante e removê-lo posteriormente com um pano molhado, exatamente como indicado para superfícies cerâmicas. Essa recomendação para hospitais pode ser facilmente adotada em casa, ajudando a manter um ambiente higiênico e saudável.
Zero alergênica
O revestimento cerâmico é um material inerte, que não possibilita a proliferação de ácaros, bactérias, fungos e mofos, responsáveis por causar alergias em humanos. Isso faz da cerâmica zero alergênica.
Quem sofre algum problema do sistema respiratório agradece. Isso porque o acúmulo de microrganismos é um dos fatores que provocam com muita facilidade crises de bronquite, asma e rinite. Para pessoas propensas a desenvolver alergias, a cerâmica é o revestimento mais indicado.
Ela tem superfície extremamente lisa, sem porosidade e muito resistente. Consequentemente, pode ser limpa diversas vezes ao dia. A facilidade para limpar ajuda também a evitar o acúmulo de pelos de animais de estimação, que podem causar alergia. “Isso melhora muito a convivência dentro dos ambientes”, destaca Carol Werner.
Um contraponto à cerâmica são os carpetes, que permitem o acúmulo de pelos de animais, ácaros e outros materiais alergênicos. É fundamental evitar carpetes em casas com pessoas alérgicas, principalmente no quarto, onde passamos pelo menos oito horas do dia dormindo.
Madeira é outro revestimento não recomendado para casas de pessoas alérgicas. Afinal, exige uma manutenção diferenciada, com o uso de produtos específicos. Quem tem rinite alérgica, por exemplo, muitas vezes precisa sair de casa quando a cera é aplicada no piso.
Zero COVs
A cerâmica é inorgânica, emitindo zero compostos orgânicos voláteis (COVs), gases nocivos ao sistema respiratório. Considerados poluentes, são encontrados em materiais que possuem solvente em sua composição, por exemplo. “São produtos com cheiro forte, que usam resina”, explica Carol Werner.
Zero formaldeído
A cerâmica não contém aglomerantes, incluindo o formaldeído, que causa danos à saúde, como irritação na garganta, nariz e olhos, além de náuseas. Em casos mais graves, esse composto pode provocar até mesmo o câncer.
O formaldeído é um gás que pode evaporar de carpetes, tintas e vernizes, por exemplo. Melhor optar pelo revestimento cerâmico, em nome da saúde.
Zero PVC
Especialistas também estudam possíveis substâncias tóxicas no policloreto de vinila, mais conhecido como PVC. Esse material é encontrado em diversos produtos, como o piso vinílico e forros de residências e escritórios. Os problemas para a saúde são constatados desde a fabricação, com a emissão de gases considerados prejudiciais. Entre as possíveis complicações estão câncer e doenças no fígado e no pulmão. Algumas cidades do mundo até mesmo adotaram medidas restritivas contra a utilização do PVC na construção.
Cuidar da saúde é muito importante, especialmente agora na pandemia do coronavírus, mas também sempre. Quando o assunto é saúde em casa, as ações saudáveis estão diretamente relacionadas com a escolha do revestimento. Lembre-se: a cerâmica não oferece nenhum risco à saúde e é uma grande aliada a uma casa higiênica, portanto, saudável. Para saber ainda mais sobre cerâmica é só acessar o site da Pointer.