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O futuro da profissão do arquiteto na visão de Maurício Arruda

Dicas Pointer
Autor: Pointer - Data:

O Dia do Arquiteto é comemorado nacionalmente no dia 15 de dezembro. A data, que homenageia os profissionais da área, foi instituída pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) por ser o aniversário de Oscar Niemeyer, ícone da arquitetura moderna e inspiração para arquitetos no mundo todo.

Para refletir sobre essa celebração, conversamos com o arquiteto Maurício Arruda, referência em produção contemporânea brasileira, apresentador do programa Decora no GNT, com vários trabalhos assinados para grandes marcas, como as linhas Singular e Pedras Brasileiras, da Pointer.

Em entrevista exclusiva à Pointer, ele traz reflexões e traça um panorama da profissão em relação ao futuro — envolvendo tendências, tecnologia, transformações, democratização do design e sustentabilidade. Confira!

Protagonismo do usuário é tendência para a área da arquitetura

Quando pensamos em consumidores, devemos considerar uma grande tendência: o protagonismo do usuário. Para Maurício Arruda, essa é a chave para o sucesso da profissão a partir de agora. A ideia é transformar o cliente em um agente do processo, um coautor que contribui para as decisões das soluções que resultam no produto final.

Para o arquiteto, o conceito desenvolve a concepção que temos de consumidor. Teríamos, assim, um “prosumidor“, que é quando a pessoa se coloca em uma posição mais proativa dentro do consumo. Esse cliente tem autonomia para interferir no projeto, conquistando um resultado customizado, personalizado e único.

Esse processo é possível por meio de laços emocionais, funcionais e afetivos que vão sendo construídos desde o processo de apresentação da proposta até a idealização da construção ou da reforma. “Como consequência, o cliente coloca muito mais valor naquilo que ele ajudou a escolher e a definir”, explica Arruda.

O forte impacto das tecnologias na arquitetura

Maurício Arruda

O supercerâmico Assis, da linha Pedras Brasileiras, foi inspirado na Igreja de São Francisco de Assis pelo arquiteto Maurício Arruda

Maurício Arruda também pontua a importância da presença da tecnologia, inclusive, na questão do protagonismo do usuário, facilitando tal participação. A realidade aumentada é um exemplo de como você pode proporcionar ao cliente a visualização ou projeção do resultado final.

De modo geral, ele acredita que todas as ferramentas que simulam os ambientes são uma revolução no mundo da arquitetura. Com esse recurso, a pessoa se sente mais segura em relação às expectativas envolvidas no projeto e em todas as etapas do processo.

Além disso, já temos o conceito de casa do futuro, que vem quebrando os paradigmas daquela residência “fria” e asséptica. Para Maurício, o mercado conseguiu entender que a tecnologia é capaz de aproximar as pessoas que amamos, independentemente de onde estamos.

Desse modo, as inovações vêm para promover a memória afetiva e fornecer funcionalidades em prol do conforto e do bem-estar do usuário. “No final das contas, a gente tem uma visão mais humanista da tecnologia do que tínhamos antigamente, e isso é muito bom”, ressalta.

Principais transformações da profissão

Sobre o futuro da profissão do arquiteto, Maurício menciona seu próprio escritório Todos Arquitetura como exemplo. Hoje, ele e sua equipe têm uma preocupação maior com a formação heterogênea. Isso quer dizer que o trabalho coletivo e com mais contribuições diversificadas traz melhores resultados.

Os coworkings e as collabs são grandes transformações no formato de atuação do arquiteto. Para ele, faz todo sentido que a arquitetura seja uma área que tem uma construção multidisciplinar — e ela deve ser feita de maneira colaborativa.

Na Todos Arquitetura, por exemplo, trabalham juntos arquitetos, designers de interiores, designers gráficos, designers de produtos e jornalistas. Juntos, eles conseguem propor soluções amplas, que não estão relacionadas somente à questão técnica da arquitetura.

Em relação à presença de um jornalista na equipe, ele explica: “a gente percebeu que os projetos, o dia a dia do escritório, as reformas, o contato com o cliente, as obras, tudo isso, na verdade, são canais de comunicação que ajudam a construir a identidade do escritório”. Logo, nada mais coerente do que ter no time uma pessoa especialista no assunto, mais próxima das boas práticas e do uso estratégico das redes sociais.

O que esperar do futuro da arquitetura e do design

Maurício Arruda

O revestimento Parque Lage, da linha Pedras Brasileiras, teve como referência o belíssimo palacete do século XI, que serviu de inspiração para Mauricio Arruda na criação dessa pedra

Principalmente para o cenário brasileiro, Arruda acredita que devemos falar mais em design democrático, com construções mais enxutas. E o que isso quer dizer? Basicamente, hoje os clientes procuram uma solução que una cinco pilares:

  • beleza;
  • funcionalidade;
  • qualidade;
  • preço;
  • sustentabilidade.

Nesse sentido, as propostas da arquitetura vêm de encontro à democratização do serviço, que ainda é visto com certa resistência ou falta de informação sobre o real papel do profissional e como ele pode ajudar. Portanto, é possível oferecer propostas inteligentes, que usam mais tecnologia a favor de atender um número maior de pessoas.

Com esse tipo de atitude, Maurício considera a estratégia um caminho viável para aproximar e fazer as pessoas compreenderem que design e arquitetura são ferramentas para se viver melhor — e que faz muita diferença usar isso a seu favor.

O serviço vai além de fazer uma casa bonita. Ela também pode ter a sua cara, ser multifuncional e atender suas necessidades da melhor forma possível. Tudo isso, é claro, dentro da realidade do cliente, independentemente do tempo, do lugar em que se vive ou do dinheiro disponível para se investir.

A importância da sustentabilidade na arquitetura

Maurício Arruda

O revestimento Jurerê, da linha Pedras Brasileiras, foi inspirado na Fortaleza de São José da Ponta Grossa, que Mauricio Arruda visitou a convite da Pointer. A cerâmica possui tons intensos de cinza e grafite e relevo rústico

Ao falar sobre o futuro da arquitetura e da profissão do arquiteto, não podemos deixar de trazer a sustentabilidade para a discussão. Para Maurício, ela é “uma construção que se faz na coletividade”. O grande trunfo das soluções sustentáveis é justamente este: nunca se trata de um projeto individual, uma vez que ele vai beneficiar uma família, um condomínio, uma rua, uma cidade, um país.

É esse pensamento coletivo que torna a arquitetura fundamental para a disseminação da sustentabilidade. São projetos que não estão preocupados apenas com o seu interior, mas consideram sua relação com o entorno, com a cidade, com o lixo que geram, com os recursos utilizados etc.

Por isso, é vital encarar os prédios, as obras e os produtos como algo coletivo e não autossuficiente. Além disso, o mais importante é não ter um sentimento imediatista, uma vez que os resultados da união da arquitetura com a sustentabilidade são de longo prazo e as soluções vão beneficiar futuras gerações.

Arruda reafirma que “é isso que é futuro e desenvolvimento sustentável: é a gente viver de uma maneira que a qualidade de vida de quem vier depois da gente seja tão boa quanto a nossa ou melhor, mas nunca pior”. Diante disso, podemos concluir que a junção da sustentabilidade com a arquitetura é uma construção para o futuro.

Para refletir sobre o Dia do Arquiteto, é exatamente isso que enxergamos na coleção Morada Brasileira / Stories, da Pointer. Ela foi inspirada na história do Brasil e no cotidiano do brasileiro e fruto da interação com o mercado.

Maurício Arruda conduziu diálogos com pessoas que reformaram ou construíram recentemente, a fim de detectar suas dificuldades, anseios e desejos. Como resultado, as ideias levantadas guiaram o desenvolvimento do portfólio. Que tal conferir um pouco mais sobre a coleção?